Conversa Natori e Gabriel sobre a Análise de um Artigo sobre a maldade em relação a Deus
O que está de vermelho são as observações de Natori e o que está de Preto são minhas observações!
Bom, o que você chama de "ser
metafísico"? Essa não é uma nomenclatura usual da filosofia.
Respondo no final!
No blog, em certa parte você diz: "Como
pode ver, toda palavra ‘bom’, não possuí significado nenhum em questão de
moralmente correto ou bom no sentido ‘para fazer a bondade’. Todos as palavras,
em relação a bom no capítulo 1 de gênesis, tem como deleite, prazer de deus naquilo
que fez. " Aqui, você está dizendo que a Bíblia não está afirmando que
Deus seja bom no sentido moral.
Vamos contextualizar o que você
está dizendo acima, o que vejo em primeiro lugar é que em nenhum momento
questiona o que digo sobre Deus em Gênesis 1, em outras palavras, concorda que
em gênesis 1 é impossível qualquer coisa que foi criada por deus seja moralmente
correta. Observando que a bíblia é clara em gênesis 1 em relação a deus ver que
o que fez era bom, no sentido de satisfação, prazer, deleite. Isso tem que ser
dito, já que em nenhum momento, O deus bíblico diz criar um ser moralmente
correto. Segundo, vamos analisar que é um texto voltado para analisar e tentar
comprovar o argumento de santo Agostinho em relação ao Mal. Em outras palavras
é fácil demonstrar os equívocos em relação a analise de santo Agostinho quando
comparamos essa análise com a bíblia. Em seguida temos um problema que é a
mistura dos argumentos quando você diz:
‘Aqui, você está dizendo que a Bíblia não está
afirmando que Deus seja bom no sentido moral.’
Observe que estamos
falando sobre o argumento utilizado sobre o mal por santo Agostinho. Observe
também que utilizo a bíblia para refutar o argumento de santo agostinho e também
demonstro na bíblia que o mal é um problema relacionado a deus e para Adicionar
a conversa, tenho um artigo que fala sobre a moralidade divina que não se
baseia na moralidade humana. Neste caso irei pedir para analisar um pouco mais
sobre isso, ok.
Mais
tarde você diz " Existem diversas outras passagens bíblicas, onde é dito a
palavra bondade, bom e bem, poucas são referente a 'moralmente correto'.".
Então o que eu fiz foi apontar para um exemplo de verso bíblico em que o termo
bom é usado no sentido moral (Salmos 34, verso 8 . Você mesmo indica um
versículo em que "bom" é usado para Deus no sentido moral. Bondade,
no contexto dado, está diretamente relacionado com moralidade. Observe que o
versículo referido é Lc 18, verso 19. No verso 20 Jesus menciona os mandamentos
(ou seja, a discussão aqui gira em torno de moralidade, não de eficiência,
prazer, ou deleite).
O que fica difícil de acompanhar
já que deduziu que eu digo que deus não é moralmente correto, quando eu digo
que a moralidade divina é diferente de nossa moralidade. Esse versículo em
Salmos temos duas maneiras de analisar:
1.
Deus é bom no sentido de fazer todas as coisas;
2.
Deus é bom em relação a ele ser moralmente
correto;
O Salmista se refere a primeira
opção e não a segunda. Muitos confundem muitos versículos com moralmente
correto ou totalmente bondoso. Se você disser que deus é totalmente bondoso,
que é o que venho tentando demonstrar com a análise sobre a bíblia para provar o
equívoco de Santo Agostinho, isso implica que não estou demonstrando que o Deus
bíblico não possua moralidade, ok. Se disser que Deus é totalmente bondoso (que
é o que o William Craig diz sobre o Deus do Cristianismo), neste caso, terá um
grande problema em demonstrar que Deus não Matou cerca de 25 milhões de Pessoas
na Bíblia! Este é um número muito grande para um Deus totalmente bondoso, e a
pior parte são as desculpas que arranjam para Deus fazer o que consideramos ‘mal’.
Então, como eu disse na mensagem anterior, você
diz sim que a Bíblia não afirma a bondade de Deus.
Aqui temos mais um problema em
relação à interpretação do que é dito no artigo. Eu não disse que Deus não
prática a bondade eu disse que ele também pratica a maldade e não é totalmente
bondoso. São duas coisas bem diferentes. O que comprova meu ponto de vista de
que Deus não é totalmente bondoso. Isso é impossível!
Depois, mais tarde, você diz: " Apenas o
argumento da maldade não refuta a existência de um ser metafísico, mas refuta
um deus totalmente bondoso, como o deus do cristianismo. Essa é a força do
argumento." A questão é que você argumentou o tempo todo que o Deus do
Cristianismo não é bom!
Logo no inicio do artigo eu digo: ‘É óbvio que tirou da
bíblia, já que é a bíblia que afirma que Deus é Bom (não sei de onde tiraram a
ideia de 'TOTALMENTE BONDOSO', mas será que a bíblia oferece o suficiente
para justificar o argumento de Santo agostinho e resolver o problema do mal? A
resposta é não.’ – Observe bem o que digo em relação ao que a bíblia
diz sobre Deus e o que eu digo sobre um ser totalmente bondoso. Se analisar
sinceramente verás que quando digo que o Deus do cristianismo não é totalmente
bondoso, não estou dizendo que ele é totalmente mal, estou apenas me referindo
que ele não faz somente a bondade. Tanto que se eu disse-se que Deus não é bom,
o que eu não digo no artigo, você teria ouvido as palavras Deus não é bom e não
pratica a bondade, o que não acontece de forma alguma. Ok.
Então,
esta frase não faz o menor sentido, já que nela você diz que "o deus do
Cristianismo é totalmente bondoso". Mas, se este é o seu grande ponto,
então o que ele realmente significa, já que a conclusão afirma exatamente o
contrário do que você defendeu o tempo todo nas premissas? Entendeu o que eu
quis dizer com a necessidade de reflexão para escrever um texto?
Observe novamente que o argumento
em relação a maldade na bíblia com mais de 25 milhões de mortes por parte de
Deus Pai, Refuta um Deus totalmente bondoso na bíblia. Onde não faz sentido a
frase¿ Aguardo resposta em relação a isso! Procurei onde a conclusão não segue
as premissas e não encontrei o que quer dizer, principalmente no texto acima
onde está bem explicito a ponto de dizer:
‘mas refuta um deus totalmente bondoso, como o deus do
cristianismo’.
E se você está sendo incoerente, então com
certeza está errado. (onde
está a incoerência em relação ao que disse acima¿)
Então sim, eu acho que a minha leitura do seu
texto foi cuidadosa... (não tanto
quanto demonstrei acima!)
... e creio sim que, a fim de você melhorar sua
argumentação você precise trabalhar seus textos com mais calma, ler mais livros
e usar menos a Internet como fonte. (interessante
esse ponto de vista. Você Leu o artigo, assim
como eu revisei diversas vezes, do qual com sua leitura cuidadosa, você diz que
eu digo que a bíblia está afirmando que
Deus não é bom ou faz a bondade. Li o mesmo artigo que você leu de forma cuidadosa
e não encontrei nenhuma frase onde eu digo que deus não é bom ou faz a bondade.
Agora, se eu disse isso, eu errei feio, já que a bíblia afirma que deus faz a
bondade também, assim como faz a maldade. Eu questionei no artigo inteiro o
argumento de Santo agostinho e tento demonstrar que é impossível deus ser
totalmente bondoso.
O que você está afirmando é que,
meu texto não é bom pois você acredita que realmente fez um trabalho de leitura
cuidadoso, o que me deixa em sinceras dúvidas sobre isto.)
O tempo de reflexão para entender alguma coisa normalmente é
muito maior do que o tempo para uma leitura simples. (já respondi acima e concordo com o que diz, o
problema é que esse artigo foi postado a quase dois meses, antes de posta-lo
reflete muito sobre ele e o que ele significava a ponto de analisa-lo durante uma
semana, quando busquei o máximo de informações sobre Santo Agostinho, acredito
que teve reflexão sobre o assunto!)
Para o resto do texto, minha avaliação depende
de coisas que eu já mencionei na minha mensagem anterior: qual sua teoria ética
que você defende, porque você a defende, etc e logicamente, a sua diferenciação
de "ser metafísico" e Deus.
Primeiramente ainda não encontrei
uma forma melhor de demonstrar o ser que chamam de Deus, a não ser por ‘ser
metafísico’, mas sem dúvida esse ‘nome’ (‘ser metafísico’) pode ser trocado por
algo adequado.
Explicando o porque faço a
separação:
Normalmente quando converso com
alguma pessoa que acredita em algum dos milhares de Deuses existentes,
geralmente começam por defender o Deus que eles acreditam, em seguida, quando
se veem ‘encurralados’, partem para outro tipo de argumento do tipo:
‘então, prove-me que Deus não
existe’
O intrigante desse tipo de frase,
é que a pessoa não percebeu que o que ela está dizendo é que o Deus que ela
acredita não existe, mas o Deus que não é o que ela acredita Existe.
Complicado¿
Esse é o problema quando não
separamos os Deuses. Existe um Ser que não tem nome (supondo que a teoria da
criação esteja correta), que carinhosamente chamei de ser metafísico. Neste
caso, não temos mais problemas em relação a existência de determinado ser, já
que basta somente um ser ‘necessário’ (como no argumento ontológico). A
conclusão que chegamos é simples, basta descobrir quais dos 2 Bilhões de deuses
pode ser o ‘Deus’ verdadeiro, o que no caso para o religioso ou aquele que
acredita em ‘Deus’, vai sempre dizer que o deus que ele acredita é verdadeiro,
o que derrubei maravilhosamente através
da argumentação que a fé é algo emocional, portanto a pessoa pode encontrar
Deus em qualquer lugar, em qualquer coisa e em qualquer momento.
É isso Natori! Aguardo sua
resposta!
Resposta Natori: O problema é o
seguinte.
1. Você diz que a grande força do seu
argumento é refutar a existência (neste mundo) de um ser totalmente bondoso.
2. Você tenta argumentar o tempo
inteiro que o Deus bíblico não é totalmente bondoso.
3. Mas, se o seu argumento refuta a existência
de um ser que você considera totalmente bondoso, e você não considera o Deus do
Cristianismo totalmente bondoso, então é lógico que você não refuta a
existência do Deus do Cristianismo. É só isso.
Resposta Gabriel: Analisando o que
me deixou para analisar, minha resposta é simples. Se alguém por exemplo, chega
em você e prova que algo que você acredita não é verdadeiro e você diz que em
partes o que você acredita é verdadeiro, você sem querer refuta o que acredita.
Deixe-me explicar melhor. Se sua religião prega que Deus é totalmente bondoso e
a evidência aponta em outra direção, portanto o Seu Deus totalmente bondoso que
tanto acredita não existe.
Agora me explique algo, qual
religião no mundo diz que deus não é totalmente bondoso?
Qualquer religião ligada ao cristianismo
afirma que Deus é totalmente bondoso, se você abrir mão disso o que tu segue é
uma mentira, pois não existe espaço para dois deuses dentro de uma mesma
religião, ou o deus totalmente bondoso do cristianismo não existe (como provei
ser impossível existir) ou o Deus que faz a maldade e a bondade que é o Deus do
cristianismo existe.
Em qualquer um dos casos, seu Deus
não Existe. O primeiro você concorda comigo, agora o segundo temos que analisar
melhor:
A bíblia cai como um todo ou se
mantém como um todo. Essa é uma regra bíblica, já que na bíblia não pode haver
mentiras, trapaças, e muito menos se contradizer. Eu demonstrei, 7 argumentos
demonstrando que a bíblia se contradiz, utilizando a Segunda opção que é O Deus
do Cristianismo que faz a bondade e a maldade existe. Tudo o que preciso fazer
(como já fiz) é provar que a bíblia se contradiz, desta forma a bíblia caí como
um todo.
Agora o que me deixa espantado, é
você concordar comigo que um Deus totalmente bondoso não existe, mas seguir um
Deus que faz a maldade e também a bondade. Em ambos os casos, é um beco sem
saída para qualquer religioso. Aguardo sua resposta. Concordo contigo, este
artigo em particular não refuta o deus do cristianismo, apenas refuta um deus
totalmente bondoso, o que refuta o deus do cristianismo são outros argumentos,
como disse acima.
Como analisou o que eu disse, deve
ter chegado a conclusão de que analisei bem o artigo em relação ao que disse
que eu disse sem eu dizer. Neste caso agradeço por ter olhado com um olhar
sincero sobre o artigo.
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