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domingo, 1 de dezembro de 2013

O perigo da revolta após o termino

O perigo da revolta

Hoje eu falar sobre o tema da revolta. O homem que sofre uma forte frustração
amorosa geralmente fica revoltado. Num primeiro momento, a revolta é útil. Mas se a
revolta se prolonga demais, ela se torna inútil. A revolta é um estado impulsivo que
dura semanas, meses ou anos.

Quando o homem descobre coisas “desagradáveis” sobre a natureza feminina, ele se
revolta. Num primeiro momento, ele tinha fantasias românticas demais, que foram
destruídas após uma forte decepção amorosa . Num segundo momento, ele está com
tanta raiva das mulheres que se torna um cético “nervoso”, que interpreta tudo o que
as mulheres fazem com raiva e rancor. A questão é que a revolta não é um processo
de esclarecimento somente, mas uma alucinação progressiva. Assim como um
remédio, a revolta possui uma dose saudável. Quando a revolta se prolonga, a dose
se torna nociva.

O homem revoltado descobre a verdade e exagera essa verdade continuamente. Em
pouco tempo, ele cria um mundo paranóico de desvantagens. Tudo está contra ele,
nada funciona, a felicidade é impossível e todas as mulheres são felizes e realizadas.

O mundo lá fora parece belo. Todas as outras pessoas são felizes e ele é o único
infeliz da estória. Esse mundo paranóico é conseqüência direta de uma revolta que
perdeu o foco e se tornou inútil e desnecessária. Depois de um período de revolta, a
verdade torna-se tão intensa e exagerada que se transforma numa ficção.

A revolta precisa ser descontinuada, porque o objetivo dela é destruir fantasias
ilusórias e inúteis, mas não construir outro mundo de fantasias ilusórias. Antes que
você enlouqueça com a verdade, descanse a mente disso tudo. Evite as terapias
coletivas. Evite as discussões de gêneros. Tudo isso produz alucinação e distorce a
verdade progressivamente. A transição entre o mundo das ilusões e o mundo das
verdades tem que ser feita de forma lenta. Muitos homens descobrem a verdade sem
estarem preparados para ela, logo eles distorcem a verdade e entram rapidamente na
fase alucinatória da revolta. A cura dessa fase alucinatória é tão difícil quanto a perda
das verdades românticas.

A revolta é o caso do homem que se choca com a verdade e entra numa fase de frieza
e ceticismo. Ele adquire uma frieza glacial e perde o ânimo pra qualquer tipo de
relacionamento. Esse estado não deveria ser contínuo. Da mesma forma, o sistema
imunológico não deve produzir anticorpos desnecessariamente. O homem revoltado
continua produzindo anticorpos para uma “doença” que teoricamente já havia sido
curada.

Alguns homens saem de um mundo de ilusões para outro mundo de ilusões. Se o
primeiro mundo é falso, o segundo é igualmente falso, pois esse segundo mundo é
uma verdade distorcida. O exagero é tão perigoso quanto a mentira. Porque o exagero
nos afasta da verdade da mesma forma que a mentira. O exagero parece ser menos
perigoso, mas não é. O exagero combinado com a revolta torna os seres humanos
paranóicos.

O que fazer pra evitar a alucinação? É fundamental manter a distância e o
afastamento temporário daquilo que origina a revolta. O homem que não está
preparado para lidar de forma saudável com a verdade precisa de um tempo pra
recuperar-se. Ele precisa digerir a verdade aos poucos. Imaginem um remédio. O
remédio é tomado num intervalo de tempo pra evitar o risco de intoxicação. A verdade
em excesso intoxica.

A verdade em excesso produz alucinação. Paradoxalmente, o blog produz
acidentalmente esses efeitos indesejáveis. Nem o próprio autor escapa desses efeitos,
porque lida o tempo inteiro com uma verdade potencialmente “alucinógena”. Quem
escreve sobre o tema sofre muito mais riscos de intoxicação do que quem lê. Por isso,
manter a mente na realidade e não criar um mundo delirante é também uma situação
difícil pra quem escreve sempre sobre as mulheres.

Se você perceber que está ficando revoltado e não consegue sair disso, então pare de
ler sobre esses assuntos de relação de gênero até se recuperar dos efeitos colaterais
da descoberta da “verdade em excesso”. Pare de pensar em relacionamentos durante
algum tempo e concentre sua vida em coisas menos estressantes, pois
relacionamentos são estressantes. Tire um pouco o peso da obrigação de ter uma vida
afetiva feliz a qualquer custo. Se você fica nervoso, estressado, com fantasias
negativas sobre a vida, as mulheres e o mundo, então você não está bem e as
verdades ditas aqui não estão de te fazendo bem, pelo o contrário, você está ficando
revoltado e substituindo um problema por outro.

O que estou dizendo é que os homens não podem querer entender tudo o que
acontece no mundo de uma vez só. Eles precisam de um tempo pra digerir a verdade
e o processo acontece naturalmente em todas as atividades intelectuais. Ninguém faz
uma faculdade em seis meses, porque ninguém consegue absorver tamanha carga de
conhecimento. Os conhecimentos sobre o amor e as mulheres também exigem
amadurecimento contínuo. Nenhuma pessoa entenderá a profundidade dessas
questões se não absorver corretamente as implicações de cada coisa. Mas para
interpretar corretamente o amor e as mulheres, é preciso absorver aos poucos os
ensinamentos sobre estes assuntos. Quem tenta entender tudo de uma hora pra outra,
certamente criará uma teoria delirante sobre as mulheres e o amor.

Não ser acomodado é diferente de ser revoltado. Tenha paciência com você, não tente
consertar os erros que você cometeu de maneira afobada. O processo é lento.
Ninguém cura uma doença com superdosagem. Alguns tratamentos são lentos e
chatos, mas são necessários. A revolta é um sintoma da impaciência do homem que
tenta resolver tudo de maneira desesperada. Tenha paciência pra superar as
frustrações amorosas aos poucos. Quem tenta resolver os problemas afetivos na base
da afobação apenas comete mais erros e fica mais frustrado e revoltado.

A revolta é um processo de intoxicação, porque ela é acumulativa e só pára quando o
homem revoltado encontra um limite. O perigo da revolta é o homem substituir a

tragédia de uma frustração
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Item Reviewed: O perigo da revolta após o termino Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli