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sábado, 7 de dezembro de 2013

Objetos de utilidade vs Objetos sexuais

Objetos de utilidade vs Objetos sexuais

Então, se é errado pagar para ter sexo, então porque não é errado receber dinheiro por sexo? Isso é uma excelente questão feita por um grande amigo meu e é um ponto raramente discutido pelas feministas. As feministas geralmente se concentram na desumanização da prostituta e sua exploração por homens que pagam por seus serviços e que a vêem como um objeto sexual. Raramente o inverso é discutido. O homem não é explorado? Ele não é desumanizado e visto apenas como um objeto de utilidade? Se uma pessoa é vista como um objeto de utilidade ou como um objeto de sexualidade, não faz diferença. Ambas as pessoas são feitas de objetos e a plenitude de sua humanidade não é percebida e experimentada.
Lembro-me de uma discussão com uma anarco-feminista que também era uma prostituta de alta classe. Ela disse que não há diferença objetiva entre uma massagem nas costas e uma massagem no pênis. A única diferença era um estigma social subjetivo. Esse é um ponto bom e válido. No entanto, quando o namorado compra o anel de noivado, vários meses de jantar e bebidas, flores, e todas as outras besteiras românticas, a transação comercial subjacente é ofuscada pela relação de dependência psicológica, auto-engano, tradição e outros tipos de construções sociais que impedem que ambas as partes envolvidas de nunca ajam de “boa-fé”, como Sartre chamaria isso.
Para Sartre, é tudo sobre a responsabilidade de encontrar um equilíbrio entre as oscilações da facticidade da natureza transacional subjacente e a natureza transcendental do amor. Se a mulher se concentra na natureza transcendental do amor, a fim de ofuscar a facticidade da natureza transacional do relacionamento, ela está sem equilíbrio moral entre facticidade e transcendência. Ela está se auto-enganando, agindo de “má-fé”, como diria Sartre. Como é que ela pode receber um passe moral? As feministas, tradicionalistas e a sociedade em geral dão-lhe um passe moral para ela, uma “pureza moral”, para focar as noções transcendentais de romance, a fim de ofuscar a desumanização dos homens como objetos de utilidade. No entanto, ai do homem que se concentra na facticidade do sexo transacional… ele é um porco, um pervertido moral e geralmente desprezado, humilhado e ridicularizado como um explorador, um degenerado, um predador, um homem que reduz as mulheres a objetos sexuais. O homem e a mulher estão ambos negligenciando as suas responsabilidades de encontrar um equilíbrio entre as oscilações de facticidade e transcendência. Não é moralmente melhor ser desequilibrado de uma forma ou de outra. É por isso que eu respeito a prostituta muito mais do que respeito a mulher tradicional. A prostituta atua na “boa-fé.” Não há engano a respeito da transação. O equilíbrio é mantido e ela não ofusca a facticidade subjacente com algumas besteiras românticas transcendentais.
Por que as mulheres ganham este “passe” moral? Por causa dos homens. É porque os homens não falam. Os homens foram condicionados a negar suas emoções. Os homens foram treinados para se concentrar na análise lógica de facticidade. Os homens são treinados para “engolir os sapos.” São as mulheres e sociedade em geral que exploram os homens como objetos de utilidade, mas são os homens que permitem que isso continue. São os homens que precisam se concentrar no desenvolvimento de sua inteligência emocional e tornar-se melhor equipados para equilibrar a facticidade de suas pulsões sexuais com a transcendência de suas vidas emocionais.
Os homens precisam contar suas histórias. A história da exploração do homem é abafada pela nossa vergonha. Para os homens, é melhor estar morto do que inútil. Nós nos escondemos na facticidade do sexo para ofuscar o fato de que a mãe/mulher só nos valoriza na medida em que somos úteis para ela. Somos manipulados pela vergonha de nossa utilidade. Toda a nossa identidade e significado é concedida a nós pelas nossas mães/mulheres. Aguardamos sua aprovação ou desaprovação, como um cão à espera de seu deleite ou repreensão. Para os homens, isso é angústia. Temos medo de enfrentar a realidade de que ela não nos ama, que ela não nos valoriza, que só valoriza a nossa utilidade para ela. Estamos com medo dela por que ela nos faz, seu brinquedo, seu objeto de utilidade. São os homens que são desumanizados por mulheres. São os homens que são feitos de objetos, reduzidos a coisas que fizeram algo por elas recentemente. É a “pureza moral” delas que perpetuam a nossa escravidão a seus caprichos. As profundezas de sua crueldade é igualada apenas pela profundidade de sua covardia. Esta é a nossa história. Esta é a nossa opressão. Não é privilégio nosso.
Ouça este discurso inflamado da feminista Andrea Dworkin sobre a prostituição. Perceba com quanta paixão ela fala sobre as mulheres que trabalham na prostituição. Ponha de lado a análise lógica por um momento e avalie o que ela diz com base em sua paixão. Esses tipos de histórias são as histórias apaixonantes que os homens devem aprender a dizer sobre suas experiências vividas como objetos de utilidade para uma mulher, para as mulheres e para a sociedade em geral. É difícil para os homens para ganhar estatura moral apenas dependendo das estatísticas. Mesmo que 80% dos sem-teto sejam homens, a estatística não importa. A estatística faz dos homens uma caricatura de um número, não um ser com uma experiência de vida humana completa, desesperado por amor, desesperado por dignidade, desesperado por uma existência significativa que é insensivelmente negada a eles por mulheres que conferem-lhes o título de perdedor, vagabundo, escória, e qualquer outra humilhante e desumana linguagem que possa ser usada para confundir os homens por não escalar a hierarquia de dominância, por não se tornarem fornecedores/protetores, serem satisfatórios por serem homens. É tempo dos homens falarem, tanto para encontrar a sua voz, encontrarem a si mesmos, sua identidade e seu próprio significado.
Quando os homens acharem que essa voz é importante lembrarão que não se pode desenvolver uma compreensão profunda dos homens, sem desenvolver, simultaneamente, uma compaixão ainda maior pelos os homens. A piedade para o outro impede a concorrência de uns contra os outros e implica a cooperação de uns com os outros. Na antiga narrativa sobre o homem há muitos mal-entendidos, insensibilidade, e a competição. A nova narrativa que devemos desenvolver é de compreensão, compaixão e cooperação. Nós não somos mais como os irmãos Caim e Abel, lutando pela aprovação divina, provando o nosso valor com sacrifícios e ofertas. Nós não precisamos nos sacrificar como oferendas ao Divino. Nós não precisamos nos mostrarmos dignos. Na verdade, nós não precisamos da sua droga de aprovação para qualquer coisa.

Traduzido por Durga, do Fórum do Búfalo
Por Jason Gregory, do A Voice for Men
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Item Reviewed: Objetos de utilidade vs Objetos sexuais Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli