Analise de faces e rostos
Mesmo que digamos que não gostamos
de julgar qualquer pessoa de forma consciente, nosso inconsciente simplesmente
não age assim. Somente de ver um rosto, acabamos decidindo se essa pessoa é
confiável ou não. Quando vemos alguém com a face que nos lembra um bebê, deduzimos que essa pessoa
é confiável e dócil, e assim é feito, com todas as pessoas que encontra ou
passe por elas.
Mesmo que não pretendemos julgar,
mesmo não tendo intenções de avaliar os rostos, o nosso cérebro categoriza-os,
colocando em categorias específicas. Nesse sentido, uma grande parte do
processo pode ser descrito como automático.
Durante décadas os cientistas
tentam criar um software que seja capaz de fazer o que fazemos sem esforço,
reconhecer e interpretar rostos.
Um módulo específico no lobo temporal
direito, tem como função analisar rostos. Demora apenas frações de segundos a
comparar um rosto que está diante de você com a sua base de dados interna de
rostos. Desde que o departamento de registro de emoções no córtex insular tenha
marcado um rosto com uma emoção. Por veze, até reconhecemos um rosto apenas de
tê-lo visto só uma vez.
AS nossas expressões faciais são
compostas por 43 unidades musculares ativas. Se analisarmos todas as
combinações possíveis, o resultado é de 3000 mil expressões faciais com algum
sentido e significado.
Ao lado do serviço de
reconhecimento facial, está um departamento de expressão facial que capta os micro movimentos faciais dos
outros e os interpreta. Os relatórios são, mais uma vez, enviados para a
unidade de avaliação, no córtex insular, o centro da empatia dos nossos
cérebros. Ao vermos um rosto, julgamos poder sentir o que o outro sente, porque
circuitos inconscientes nos obrigam a fazer isso, mas não podemos expressá-lo
por meio de palavras e muito menos controla-lo.
Tudo o que não tem rosto é
processado pela unidade de reconhecimento de objetos. Os autistas também usam a
unidades dos objetos, ao olharem para um rosto humano. Para eles um tosto é
como uma cadeira. É por isso que parecem ser cegos em relação às emoções dos
outros. Nós, em contrapartida, inferimos, por vezes, vemos demais em um rosto,
até exagerando no que vimos.
Alex Todorov realizou alguns
estudos para tentar prever as eleições políticas a partir de traços a partir
dos traços faciais. Em geral, conseguimos prever uns 70% das eleições com base
num único olhar sobre um rosto.
Os nossos rostos determinam a
forma como os outros nos veem, quer ganhemos ou percamos eleições, na hora de
ser contratado para um emprego ou quando
saímos para o nosso primeiro encontro.
Estudos de estudantes
universitários americanos revelaram que as amigas precisam de poucos
milissegundos para alinharem os seus movimentos e gestos umas com as outras.
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