Deus - Realidade ou Cópia da Realidade
O intuito deste artigo, é ajudar
as pessoas a terem um melhor entendimento, de como nosso cérebro trabalha para
criar tudo aquilo que acreditamos, somos e desejamos ser.
Hoje o assunto que iremos tratar é
sobre a realidade e como sabemos que algo é real.
O que é real pode ser escrito da
seguinte forma:
Ø
Através dos nossos sentidos: Audição, visão,
tato, olfato e paladar.
Ø
Através dos nossos sentimentos, emoções e
sensações.
Muitas pessoas possuem grandes
problemas em relação ao que iremos abordar aqui.
Como nosso cérebro vê a realidade?Vê o mundo Real?
Imagine por um momento que está na
rua, vendo os carros, pessoas, animais passarem. A primeira vista você diz que
o que está vendo é real, mas não levamos em consideração que o que estamos vendo
não é a realidade e sim uma cópia da realidade. Isso porque tudo o que seu
cérebro vê, ele o vê como uma imagem. Através de processos ele identifica a
cor, possivelmente a velocidade, marca, rodas, vidros, essa é a imagem que ele
tem que processar em primeiro lugar.
Depois os outros sentidos entram
para confirmar se o que você está vendo é realmente a realidade. Então, para
confirmar, utiliza-se o olfato, o som que os automóveis fazem que podem ser
diferente de um para o outro, o gosto em seu paladar que lembre que aquilo é um
automóvel, e por fim o tato.
Muitos acreditam que nossos
sentidos fazem aquele carro ser real, mas novamente nosso cérebro é capaz de
fazer uma cópia dos sentidos. Você de fato está sentado em um banco vendo os
automóveis, pessoas passarem em sua frente, você não está tocando o carro,
provavelmente nem sentido o cheiro de gasolina, mas mesmo assim, seu cérebro,
se utilizou de todas essas informações, para te dar a informação exata que
aquele automóvel é real, ou faz parte do mundo real.
Através deste exemplo, podemos
concluir que Nosso cérebro percebe a Realidade de duas formas: Através do que é
Real e através de uma cópia do que é real, que fica guardada em seu banco de
dados.
Agora vamos complicar um pouco as
coisas. Vamos supor que você tenha um sonho. Este sonho parece muito real. Você
pode tocar as coisas em seu sonho, sentir o gosto, sentir o vento, ouvir. Mas
não apenas isto, agora quando você acorda você lembra das sensações e emoções
que estavam em seu sonho.
Como isso é possível?
A resposta mais simples e lógica,
é que seu cérebro fez uma cópia do que seria a realidade, copiando os sentidos,
mas não apenas isso, copiando a realidade em si, como o chão embaixo de seus
pés é sólido como na realidade, você raramente atravessa muros, grades, você
fala com as pessoas e interage com os indivíduos em seu sonho como se fossem
reais. E não apenas isso, as emoções e sensações são parecidas ou idênticas ao
que acontece na Realidade no mundo Real.
Um dos argumentos que defendo
sobre o que sentimos, é que, nossas emoções, sentimentos e sensações que temos,
não separa o que é realidade do que é uma ilusão.
sensações vívidas e tão reais
quanto o mundo físico que todos sentimos.
O mundo físico, nossa realidade,
em diversas funções de nosso cérebro, não distingue o que é real e o que não é
real. Um sonho pode se tornar real, pelo que o individuo sente, e o que o
individuo sente, não separa realidade de ilusão, em um sonho. Por causa dessa
não diferenciação, o ser humano, é capaz de criar realidades individuais e
profundas, pois diversos processos em nosso cérebro não distingue o que é real
e o que não é real.
Andy Newberg é o Pai da
Neuroteologia, um novo ramo da neurociência que estuda os efeitos da
espiritualidade no cérebro humano. É uma busca científica que ele persegue há
muito tempo.
Andy achou um meio de sondar o
cérebro dos fiéis enquanto praticavam um ritual religioso. Ele utilizou o
aparelho mais avançado de tomografia cerebral, o tomógrafo por SPECT.
Uma pastora presbiteriana veio fazer
o teste. Ela reza diariamente há mais de 34 anos. No ápice de sua conexão com
Deus, Andy injeta um inofensivo contraste radioativo. O contraste irá atingir
as partes do cérebro onde o fluxo sanguíneo é mais forte.
O cérebro funciona de tal forma
que quanto mais ativa é uma área mais sangue ela recebe, e quanto menos ativa,
menos sangue recebe. Enquanto ela orava, foi notado aumento de atividade nos
lobos frontais e na área da linguagem do cérebro.
Andy examinou centenas de cérebros
durante as orações, de imãs muçulmanos e monge tibetanos, a ateus meditando.
Quando a pessoa está concentrada
na oração, aumenta a atividade na área de concentração do cérebro. A parte frontal de nosso cérebro é
intensamente ativa quando conversamos, por isso ela se ativa quando os
religiosos conversam com Deus como se ele fosse uma pessoa. Isso possibilita
que falemos e ouçamos.
Andy acredita que no orador
Judaico-Cristão, o lobo frontal se ativa como em uma conversa normal, como se
Deus estivesse presente ao lado do individuo, conversando com ele, pois na
mente deste individuo, Deus ganhou a foram de Uma pessoa e que Deus possuí as
características de uma pessoa como ser consciente. Para o cérebro, falar com
Deus é idêntico a falar com uma pessoa comum. Nosso cérebro neste caso, não faz
separação entre o que é real e o que não é real, para está área do cérebro,
fantasia e realidade são a mesma coisa, ou seja, os estímulos do cérebro nesta
área, funciona para qualquer coisa que seja percebida como um ser consciente,
capaz de ouvir, falar, e interagir com o ser. A fantasia e Realidade para o
cérebro nesta situação, é tudo a mesma realidade.
Ao estudarmos a medição budista,
quando eles visualizam algo, observa-se uma alteração ou aumento de atividade
nas áreas visuais do cérebro. Na prática budista, o divino é uma presença
abstrata, não uma pessoa com quem se fala diretamente, mas uma essência que
pode ser visualizada durante meditação profunda. E mais uma vez o padrão do
paragrafo anterior é novamente observado em outra forma de crenças.
Quando Andy analisou os cérebros
de quem não acreditava em Deus, ele descobriu que meditação simples e calma,
não produziu nenhuma atividade cerebral dos fiéis.
No exame de um ateu, nós o fizemos
meditar e comtemplar Deus, notamos que os lobos frontais não são ativados,
diferentemente do que ocorre com quem reza. Para um Ateu Deus é inimaginável.
Mas para o fiel, as experiências de Deus vão além de pensamentos. São sensações
vívidas e tão reais quanto o mundo físico que todos sentimos.
Segundo as Analises de Andy
podemos verificar pontos importantíssimos. Vamos começar com o exemplo dado
pelo Orador Judaico Cristão, que também podemos adicionar qualquer que qualquer
forma de Cristianismo, interage com Deus da mesma forma, Deus é uma pessoa.
Segundo suas análises o lobo
frontal se ativa quando essas pessoas estão orando a seu Deus, o que demonstra
que falar com Deus é o mesmo que estivesse falando com uma pessoa normal. O
problema é que, o lobo frontal não separa o que é real do que não é real, por
isso uma conversa com Deus é vista como um trabalho a ser feito como se Deus
realmente fosse uma pessoa conversando com o individuo. . Para o cérebro, falar
com Deus é idêntico a falar com uma pessoa comum.
Já os Budistas que visualizam
algo, a área ativa são as áreas visuais em nosso cérebro. E mais uma vez o
mesmo raciocínio mencionado acima se segue. As imagens que vemos no dia a dia,
também não separa o que é real do que não é real. De fato, você pode tocar ou
esbarrar em algo, mas isso é irrelevante quando falamos de imagem sem utilizar
os sentidos. Um balcão não vai deixar de ter a imagem de um balcão utilizando
os outros sentidos.
O que tudo isso implica?
Isso implica que nosso cérebro tem
a capacidade de criar ilusões que se chocam com a realidade e podem transformar
ilusões em realidade. Se você ter um sonho ou experiência extracorpóreo, seu
cérebro vai criar as sensações necessárias para que aquilo se parece com a
realidade ou que seja algo real, mesmo que você jamais tenha saído de seu corpo.
As crianças criam amigos
imaginários, e seu cérebro vai tratar como se este amigo imaginário fosse
alguém real.
Diversos processos e funções em
nosso cérebro não distingue o que é real do que não é real. Nosso cérebro tem
um banco de dados, extremamente gigante, de tal forma que ele possuí uma cópia
de cada coisas que existe no mundo real. Por isso ele é capaz de criar sonhos,
ilusões, lembranças, memórias que parecem tão reais. Pode fazer um individuo
passar por uma experiência de quase morte, e passar a acreditar naquilo que
passou como uma nova realidade.
O que sentimos, também não separa
o que é real do que não é real. De fato, emoções, sensações, sentimentos, são
direcionados da mesma forma para a realidade como para uma ilusão.
Nossa visão e as imagens que
vemos, elas também não separam o que é uma Imagem Real do que é uma ilusão.
Este não é o trabalho da visão, que seria dar sentido ao que é real e o que não
é real.
O Lobo Frontal, também não
distingue uma conversa feita na realidade com uma conversa com um individuo
criado e aceito como uma pessoa capaz de conversar. O lobo frontal não é
responsável por dar sentido ao que é real ou que não é real em uma conversa.
Analisando todas essas
informações, é fácil perceber e compreender, porque o ser humano, desde a
antiguidade, tem buscado deus ou uma forma de Deus.
Não me surpreende a quantidade de
Deuses criados até hoje, com cerca de 2 Bilhões de deuses e por aí vai.
O nosso cérebro tem essa
capacidade e não é necessário evocar algo sobrenatural para explicar o porque
necessitamos de alguma forma estar conectado com algo maior, superior a nós. E
assim, Deuses foram criados para suprir a necessidade do ser humano e é claro,
sua ignorância da qual é justificada pelo conhecimento que eles não possuíam a muito
tempo atrás.
Isso implica que, todo Deus que é
aceito de forma pessoal, através de experiências pessoas, me desculpem mas a
evidência, aponta que este Ser não existe de forma alguma.
Não me surpreende que crianças,
possuem amigos imaginários, pedaços de pano ou bonecos que não desgrudam e não
o trocam por nenhum outro. Acredito que quando crescemos, e não deixamos a
infância, uma forma de continuar com aquele mesmo tipo de crença, é buscando
algo maior, completo e complexo. O interessante é que se um adulto que acredita
em diversas coisas ele tende a rir de uma criança e dizer que papai noel não
existe, mas se sente ofendido quando alguém diz que a crença deste individuo é
baseada em uma farsa e não existe.
Neste cenário, nada me surpreende,
pois como vimos, o cérebro é capaz de criar uma cópia da realidade ou do que
queríamos que fosse a realidade e nos acostumamos com isso como se fosse algo
real.
Portanto, a crença ou a busca por
sentido em deus, não me surpreende e pode ser facilmente explicada.
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