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quinta-feira, 15 de maio de 2014

O Mestre das Ilusões – Crença, Memórias, intensificação emocional, EQMs.

O Mestre das Ilusões – Crença, Memórias, intensificação emocional, EQMs.

Seu cérebro é um mestre das ilusões. Ele pode criar situações tão reais que de fato você acreditaria pelo resto de sua vida que é real. Pode criar simulações enquanto você anda na rua. Seu cérebro tem um poder são assustador que faz os maiores ilusionistas caírem a seus pés.

Não sabemos com certeza qual o processo que leva a essas simulações ou ilusões, mas sabemos que estás ilusões e simulações possuem intensificações. Quanto mais intensificada emocionalmente essas ilusões ou simulações forem, mais real ela será. Isso nos faz questionar a realidade do que acreditamos, cremos. Pois acredite ou não, acreditar em algo, ter fé em algo, encontrar sentido para a vida, pode ser apenas uma ilusão, uma simulação, da qual faz o individuo acreditar que o que ele sente é real, desta forma, através desta ilusão, simulação ou processo, fazer o individuo acreditar que a realidade não é real e o que é real é a realidade simulada.

O cérebro é capaz de criar EQMs (Experiência de Quase Morte). Ele é capaz de criar visões (ilusões através de uma simulação do que a coisa real seria). É capaz de lhe confortar através de uma imagem ou simulação de um ente querido em um momento de enorme descontrole emocional. É Capaz de criar simulações tão reais que é capaz de superar a dor. É capaz de fazê-lo sofrer, é capaz de fazê-lo se sentir como nunca se sentiu em sua vida.

Este é o poder de seu cérebro.

Quando eu era criança, eu me admirava com os sonhos que eu tinha. As vezes em meus sonhos, eu me via em uma situação muito difícil, como sonhando com a minha morte caindo de um lugar alto, me escondendo ao ser perseguido por lobos ou fugindo do Freddy Gruguer. Depois eu acordo e vejo que não era real, não fazia parte da realidade. Mas o que eu senti era real. O medo era real, a sensação de liberdade quando eu me pegava livre era real, acordar sentindo o chão depois de cair de algum lugar muito alto era real.

O que de fato é real? será que as emoções que eu senti era o que tornava a simulação como uma ilusão do que seria na realidade?

Enquanto eu me dava conta desses pensamentos, dessas sensações tão reais como na realidade o é, eu fiquei chocado em saber que o mesmo lugar que processa essas sensações no mundo real é o mesmo lugar que processa essas ilusões ou simulações em meu cérebro. Isso implica que, este processo não faz separação entre o que é real ou o que é uma ilusão. Para a parte responsável de nosso cérebro pelas emoções, sensações, a realidade e a ilusão são as mesmas. Não existe diferença do que é real e do que é uma ilusão. Esse sistema é obrigado a seguir ordens das quais com uma determinada intensificação oferece o suficiente para que aquele momento  na ilusão ofereça a mesma sensação que aconteceria ou uma simulação do que aconteceria na realidade.

Nosso cérebro é muito bem equipado e sua capacidade é assustadoramente maravilhosa.

Quando eu analiso este poder de criar ilusões, simulações, mais compreendo que o acreditar, o crer em alguma coisa ou algo, a crença no geral, pequena ou grande, são ‘criadas’ ou ‘simuladas’ no mesmo lugar.

Eu não tenho dúvidas que a realidade interfere em como seu cérebro será ‘programado’ a partir de seu ambiente e das influências sociais. Se você nasce em determinada cultura tende a pensar, agir e ser, como a realidade desta cultura seria. É por isso que se alguém nasce em uma família religiosa tenderá a ser religiosa, enquanto no cérebro desta pessoa, essa realidade não ser vista como uma realidade inferior a uma realidade superior baseada em nossa sociedade moderna atual, conhecimento, razão, fatores emocionais e etc. O que quer dizer que, se estivéssemos vivendo a 10 mil anos atrás, nosso cérebro faria o mesmo processo que faria em nossa sociedade moderna ou daqui a 100 mil anos.

A crença é algo que sempre me interessou. Pode parecer que não, mas eu desconfiava e muito, ao ver milhares de crenças espalhadas pelo mundo e apenas um sistema do qual todas elas saiam ou eram criadas. O teísmo, panteísmo, ou qualquer outra realidade que ofereça crença, possuem a mesma ferramenta em comum para que essa crença aconteça e faça sentido na vida de algum individuo. De fato, até mesmo os sem crença possuem um sentido de vida, que mesmo não sendo o sentido de vida teísta, esse sentido de vida também se dá do mesmo processo em seu cérebro.

Deste processo o que mais me intriga é a influência emocional. Quando vemos alguém atraente nossa cérebro faz cálculos gigantescos do porque devemos ficar com essa pessoa ou não. Se a resposta fosse sem qualquer interferência emocional tomaríamos a decisão mais racional possível. Sem levar em consideração qualquer emoção. No final não é a decisão racional que obtém maior peso e sim o quanto a pessoa é influenciada pela intensificação dessas emoções.

Quanto isto aconteça, não importa o quão racional uma decisão pode parecer como correta, sem dúvidas essa decisão terá algum peso, mas este peso possuirá pouco valor comparado ao peso emocional (intensificação emocional) e a decisão tomada tenderá com muita frequência a ser aquela que satisfaça a pessoa de forma emocional.

Eu acredito que tudo que o ser humano faça, incluindo seu comportamento possuí influência das emoções. Mesmo quando o ser humano possuí a maturidade emocional, essa seria um controle sobre a influência emocional (dentro de uma intensificação não muito elevada) da qual a pessoa pudesse sofrer uma menor influência controlando de certo modo as emoções.

Não apenas nisso eu acredito como existem evidências que podemos tentar checar juntos e ver se a intensificação realmente existe ou não existe.

Vamos falar um pouco sobre as memórias e lembranças. Assim como você, eu já conversei com centenas, milhares de pessoas em minha vida. Todas essas pessoas possuem memórias e lembranças. O que me chama atenção é o processo por trás que faz essas lembranças e memórias fazerem sentido de individuo para individuo.

Um teste que podemos fazer para que verificamos este ponto, é fazermos lembrar de algumas dessas lembranças. Por um momento quero que se lembre das melhores lembranças de sua vida, número umas cinco da principal lembranças a menor lembranças que se lembra que lhe trouxe felicidade, satisfação, prazer. Não importa qual seja ok. E também quero que se lembre das cinco piores lembranças das quais não gosta de lembrar. Ok. Agora se lembre de umas cinco lembranças que não tenham prazer ou insatisfação.

Este simples teste que eu faço, é para lhe provar que todas as lembranças estão vinculadas com alguma emoção, assim como algum comportamento que do qual podemos observar que o corpo fala, mas o correto seria dizer que as emoções falam.

Ao lembrar de boas lembranças ou lembranças negativas, essas foram as lembranças que tiveram maior intensificação emocional, o que faz você lembrar delas com maior rapidez e eficiência, muitos até podem incluir elas em memórias a curto prazo. Isto funciona como quando clicamos em uma determinada pasta em nosso computador e recebemos justamente o que queríamos ao abrir a pasta. Nosso cérebro faz o mesmo processo em relação as memórias, o clicar em uma pasta no computador é uma ‘frequência’ emocional vinculada com uma memória. É por isso que assim como ao abrir um pasta no computador é assim que as lembranças mais importantes vem a tona e não qualquer outra lembrança associada.

A parte mais interessante sobre a intensificação emocional é que tudo aquilo que tenha pouca intensificação ou nenhuma emoção rapidamente é descartado como irrelevante. De fato, se estiver passando em uma rua com seu carro, a realidade por mais que esteja construída a nossa volta, ela não foi construída em nossa mente. Não sabemos o que é um tijolo até o tocar, se não sabemos o que é um tijolo nossa mente irá criar uma simulação do que o tijolo seria, e a partir daí criar uma segunda realidade em nossa mente do que seria a realidade a qual estamos enxergando. Está ilusão terá que ser obrigatoriamente o mais parecido com a realidade. Vemos uma pessoa passando, seu cérebro dá significado para aquela pessoa passando, e diz que aquilo é real. Mas sem as emoções, um tijolo é apenas um objeto sem qualquer significado, a pessoa na rua será apenas um objeto qualquer sem valor. Algo só passa a ter valor, quando há emoções envolvidas.

Neste caso, um tijolo deixa de ser um tijolo e se torna especial. Uma pessoa deixa de ser apenas mais um na multidão e se torna especial.

E este processo em nossa mente não pertence apenas a seres humanos, acredito fielmente que os animais podem não possuir a inteligência que possuímos mas suas emoções são tão reais como a nossa. A maneira como perdemos uma pessoa que amamos, tem o mesmo valor para uma baleia assassina da qual sua cria foi capturada ou morta.

O problema ao nosso redor não acontece por causa da influência externa causa de forma interna, e sim, o que realmente importa é como a influência interna influência a realidade Externa (fora de nossa mente, o mundo real).

É aqui onde eu me fascino com o poder desta ‘máquina’. Eu conheço o seu poder mas me fascino somente de imaginá-lo.

Tem o poder de criar simulações tão reais que fazem essa ilusão se tornar realidade. Tem o poder de fazer a pessoa sentir algo tão forte que faz o que a pessoa sentiu se tornar real independente de qual seja a realidade a seu redor.

Podemos ser cerca de 7 Bilhões de pessoas no mundo. Podemos pensar que somos diferentes uns dos outros, que somos únicos, mas você é único no que gosta e no comportamento que possuí, no restante somos totalmente iguais. Seu cérebro é o mesmo que o meu, e seu poder de diferenciar cada ser humano é incrível. E por causa disto temos a sensação que somos diferentes, únicos, temos a sensação de que o que acreditamos é único, e que ninguém sente aquilo que estamos sentido. Está é outra maravilha de nosso cérebro, nos faz acreditar que somos únicos e especiais.

Seu cérebro é o mesmo que o meu, e sua realidade ou minha realidade provem do mesmo lugar, que mesmo sendo programado por ambientes e influencias sociais diferentes, ainda assim continua o mesmo.

O sistema de crenças ao qual nos faz acreditar em algo é o mesmo para cada cultura ou religião em nosso planeta. Nossas emoções não são diferentes de pessoa para pessoa, elas podem ser intensificadas de forma diferente em relação a características idênticas, dando assim a impressão que sentimos algo de forma diferente de outra pessoa, quando na verdade a intensificação é diferente e podendo variar, dependo da situação.

Isto tudo quer dizer apenas uma coisa. Nada do que sinta torna real o que é sentido, quando são processos pelos quais possuem a intenção de fazer-te sentir algo, tornando assim o que é sentido em realidade. Como amar um filho, acreditar ou não acreditar em deus.

Se todo o processo em nosso cérebro é igual de ser humano para ser humano mudando apenas as intensificações emocionais, isso implica que o ser humano iria criar sua própria realidade.

O que torna a realidade sem sentido. O que podemos dizer é que, a realidade da qual possuí menos influências emocionais tende a ser a realidade verdadeira e quando sentimos algo em relação a alguma coisa, estamos influenciando a realidade objetiva a ser uma realidade não objetiva para que o que sentimos possa se tornar a realidade verdadeira. É por isso que algumas pessoas dizem:

- Cada um tem sua própria realidade.

Mas se esqueceram de contar para essas pessoas, que existe somente uma realidade, e as realidades subjetivas que nós criamos e alimentamos para se tornar uma realidade objetiva.

Está também é uma forte evidência contra a existência de qualquer deus baseado na fé, sentido de vida, ou de qualquer forma da qual o ser humano possa sentir como real. Pois está também seria outra maravilhosa simulação do mestre das ilusões, o nosso cérebro.




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Item Reviewed: O Mestre das Ilusões – Crença, Memórias, intensificação emocional, EQMs. Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli