Parte IV - Experiência Extracorpórea
Existe uma realidade além do mundo
que vemos? Lugar onde Deus e os espíritos vivem?
Alguns acham que viram esse mundo
invisível em uma experiência extracorpórea. Esse fenômeno é a prova da
existência de Deus?
O Neurologista Olaf Blanke tenta
descobrir o que realmente acontece em uma experiência extracorpórea.
A principal características do
fenômeno Extracorpóreo é que ele é sentido como real. É altamente espiritual.
Pense bem. A gente se sente dissociado, sua mente ou nossa experiência está
fisicamente separada do nosso corpo.
Como isso é possível? Não faz
sentido.
A maioria das pessoas que sofreu
uma experiência extracorpórea, relata terem sido levadas para um reino oculto.
Mas Olaf desconfia que essas viagens ao além só ocorrem dentro de nossa cabeça.
Porque ao diagnosticar uma paciente epilética para tratamento, ele enviou uma
corrente moderada a eletrodos implantados no cérebro e causou sem quere, uma
experiência extracorpórea. Por alguma razão, nosso cérebro consegue fazer o
mesmo com pessoas que passam com essa experiência sem a necessidade de uma
corrente exterior moderada de eletrodos fossem direcionadas a seu cérebro. Isso
pode acontecer em um sonho, em uma Experiência de Quase Morte.
A pessoa teve a impressão de estar
no teto da sala de estimulação e a olhar para baixo, vendo a si mesma, seu
corpo, além das pessoas a seu redor.
Olaf enviou uma corrente
estimulante moderada a junção temporopariental da paciente, ou JTP. Essa
representação corporal automatizada, quando tal região foi estimulada na
paciente, não conseguia combinar onde ela via seu corpo e onde o sentia. Essa
representação incoerente pode levar a uma experiência extracorpórea.
A JTP é o navegador do cérebro.
Como um capitão de um submarino que não pode ver para onde ele se dirige mas
depende de medições indiretas de sua posição, como leitura da pressão da água e
ruídos do sonar.
Se os dados que chegam à JTP
sofrerem interferência, o sistema de navegação pode ficar confuso. A JTP pode
dizer que estamos de cabeça para baixo ou em algum lugar que não esteja.
Se sua hipótese estiver certa,
Olaf notou que as experiências extracorpóreas podem ser induzidas em qualquer
cérebro, epilético ou não, mexendo-se com os sentidos das pessoas. Para obter
esse efeito em alguém saudável sem implantar eletrodus, Olaf montou um
laboratório de realidade virtual de ponta.
A realidade virtual nos dá a
possibilidade, em laboratório, de dissociar o tato da visão do corpo
participante.
Nesta experiência, o participante
fica de pé em frente a uma linha. Depois eles colocam um capacete no
participante e o participante seguirá as instruções que aparecerem na tela.
O participante vê a imagem de uma
câmera colocada atrás da cabeça. Ela sente uma carícia suave nas costas, que
está sendo estimulada com um pedaço de plástico, próximo a seu corpo. Mas ver a
carícia como se o seu corpo estivesse a dois passos a frente, ao invés de estar
no lugar onde o participante foi designado a estar.
O cérebro é exposto a um conflito
espacial, expostas prolongadamente a esse conflito, as pessoas começam a se
identificar com o avatar em vez de com seu corpo físico.
Quando é pedido para os
participantes saírem de onde estão sem tirar o capacete, e depois é pedido par
voltarem para o lugar original do qual estavam anteriormente, as pessoas nunca
terminam na sua posição original, mas dois passos a frente, precisamente onde
seu avatar virtual parecia estar.
Opinião do participante: A
sensação é muito estranha no começo, mas muito agradável. É como se minha
mente, como se meu corpo fosse o que vejo, o que é meu corpo, mas é como seu eu
estivesse em outro lugar do que onde eu estou.
Quando Olaf realizou essa
experiência com a voluntária usando o sensor eletroencefalográfico, ele
descobriu que a junção temporoparietal ficava altamente ativo.
A JTP esforçava-se para criar uma
realidade coerente a partir do conflito sensorial e o resultado era a sensação
de que ela estava fora de seu corpo.
Olaf Acredita que quanto temos
experiências extracorpóreas, não saímos de nosso corpo e as entidades que
sentimos são apenas fantasmas do cérebro. Mas os fiéis pressentem Deus em suas
vidas todos os dias, não apenas nesses momentos raros e intensos.
Muitos de nós veem a mão de Deus,
moldando constantemente o mundo ao nosso redor.
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