Cabeçalho em Imagem

Cabeçalho

Novidades

sábado, 24 de maio de 2014

Perdi a Fé, E Agora?

Perdi a Fé, E Agora?

Postado na(o) 
  • quinta-feira, 24 de maio de 2012
  •  escrito por 
  • Eduardo G. Junior
  •  nos 
  • Marcadores:
  • FÉ, PERDER, AJUDA
    Recebi algumas perguntas desse tipo: O que fazer agora que eu perdi a fé? Bom, não existe uma resposta muito fácil para isso. A verdade é que as pessoas ficaram acostumadas e psicologicamente dependentes da fé cristã, como se fosse impossível manter uma espiritualidade sem, ao mesmo tempo, crer em dogmas.

    A fé, em si, é uma coisa muito boa, muito útil para nossas vidas, porque a palavra “fé” carrega o sentido de confiança, de positividade, de esperança e todos esses sentimentos são muito úteis para nossas vidas. Acho que o grande problema está na féreligiosa, nos dogmas, nas doutrinas e principalmente no fundamentalismo e fanatismo.

    Algumas pessoas que leem minhas postagens acham que sou ateu e se surpreendem quando digo que não sou ateu. A verdade é que ainda tenho problema para definir meu estado mental com relação a isso. Mas hoje, até onde minha cabeçinha me permite pensar, eu não consigo enxergar lógica no Universo sem um Deus. Sou daquela opinião de que, se Deus não existisse, haveria a necessidade de criá-lO.

    No entanto, ainda tenho meus dilemas. Têm dias em que acordo agnóstico e, às vezes, ao ver alguém sofrendo, eu subitamente me torno ateu, mas em alguns segundos volto a ser deísta de novo. Parece que crer em Deus é natural à mente humana, mesmo que você não seja uma pessoa religiosa, afinal, como sempre digo, se um dia Deus descesse dos Céus, o último canto que Ele pisaria seria numa Igreja.

    Acho que, por falar um pouco sobre mim, posso ajudar alguns que estejam enfrentando esse problema.

    Eu sempre fui muito fundamentalista, muito radical, algo bastante comum para uma Testemunha de Jeová. Como sempre gostei de pesquisar, terminei por ter contato com a crítica bíblica, especialmente Bart D. Ehrman. Lutei muito contra os argumentos contra o Cristianismo e a Bíblia, mas parece que tudo realmente tem seu tempo certo, pois outros fatores externos às questões intelectuais me fizeram ver que o Cristianismo é apenas, e nada mais que, uma religião humana, tanto quanto as demais que eu tanto militava.

    Quando a ficha caiu, eu realmente pirei o cabeção, como dizem, e o mesmo aconteceu com todos os meus amigos que também eram TJs e saíram junto comigo. Pensávamos: E agora, o que é verdade? Deus existe mesmo? O que acontece na morte? Qual o objetivo na vida? Você um dia tinha resposta para tudo e agora não sabe mais de nada!

    Mas acredite, isso é apenas uma fase. É como se você começasse a passar por um período de desintoxicação mental. Ao invés de ficar triste por não mais saber de “todos os segredos do universo”, a vida ficou mais interessante por estar tentando descobrir junto com a humanidade; agora não estou mais à frente das pessoas, como cria no tempo de cristão, agora estou junto, buscando respostas e mesmo que eu não encontre em vida A resposta, pelo menos uma eu vou encontrar, uma que me faça pelo menos ficar em paz. Mas, na verdade, mesmo que eu não encontre nenhuma resposta, e daí? Não são as respostas que movem o mundo e sim as perguntas! Hoje a vida é mil vezes mais colorida e interessante para mim.

    Se tenho objetivos na vida? Com certeza! E acredite, agora tenho muito mais do que antes! Veja quanta pesquisa temos para fazer para entender o universo, a manifestação religiosa, a origem da vida na Terra. Quantos estudos e pesquisas para eliminar as doenças e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A verdade é que, agora, mais do que nunca, inúmeros objetivos se colocam em minha frente!

    Não sou mais um sujeito que se ajoelha pra orar antes de ir dormir, nem de agradecer antes das refeições, como fiz por tantos e tantos anos, mas meu coração ainda borbulha de gratidão por cada dia vivo e cada vez que me sento à mesa para comer. Antes, nada do mundo me interessava, coisas que chamamos de mundanas, como ir à um show de uma banda que você gosta, assistir um filme que todos comentam. No entanto, depois que você quebra as correntes da religião opressiva, você observa quanta coisa bela a humanidade produziu e produz, e como dizia Nietzsche:


    As regras que me guiam hoje são:

    • Regra N#1: Não fazer nada que me cause dano. 
    • Regra N#2: Não fazer nada que causa dano ao meu próximo. 
    • Regra N#3: Buscar usufruir cada segundo da vida que Deus me permite ter. 
    Eu realmente nasci de novo e espero que você faça o mesmo, caro leitor(a), que esteja ainda na transição, nesse processo que, obviamente, varia de pessoa para pessoa.

    A imagem que tenho hoje de Deus não é mais um policial que está ali só esperando eu dar o primeiro passo em falso para me punir, mas uma pessoa que, quando me vê feliz, também “pula de alegria”, pois a vida foi o melhor presente que Ele poderia me dar e O mesmo me contempla fazendo bom uso naquilo que é tão precioso, o prazer da existência consciente.

    Usufrua sua vida, as coisas da vida, as pessoas em sua vida. Enquanto muitos piram, pensando em conceitos religiosos, em dogmas, a vida simplesmente passa e as pessoas esquecem de usufruir aquilo que temos de maior valor, a nossa existência. Na maioria das vezes, nossos maiores arrependimentos não são do que fizemos e sim do que deixamos de fazer.

    Espero, sinceramente, que essas palavras, de alguma forma, os ajudem nessa empreitada!

    Att,

    Eduardo Junior, (O Editor) 
    • Comentários do Blogger
    • Comentários do Facebook

    0 comentários:

    Postar um comentário

    As opiniões expressas ou insinuadas pertencem aos seus respectivos autores e não representam, necessariamente, as da home page ou de quaisquer outros órgãos.

    Item Reviewed: Perdi a Fé, E Agora? Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli