Porque nos apaixonamos? A droga
chamada amor
Sistemas de filtragem
inconscientes guiam-nos pelo tumulto do dia a dia, como um sistema de navegação
interno. Só em um caso especifico e que nossa mente faz praticamente tudo para
evitar que vejamos os outros como realmente são: Quando nos apaixonamos.
Por causa das emoções, tendemos a
ignorar diversos detalhes como sem importância, quando na verdade são esses
detalhes que mais importam.
Cientificamente falando,
apaixonar-se é uma reação de stress. O nosso botão de pânico, a amígdala, fica
ativo, tal como reage quando há perigo a vista. Ficar em alerta desencadeia a
emoção que sentimos quando nos apaixonamos. Ao mesmo tempo, o modo de pânico
cega-nos, e isso nos faz certificar de que não analisamos a fundo o nosso
parceiro, crença ou alguma coisa que acreditamos, como um pingente que traz
sorte ou um santo que irá fazer um milagre em sua vida.
Ao mesmo tempo, os nossos centros
de recompensa entram em ação: endorfinas, opiássemos produzidos pelo hipotálamo
do cérebro deixa-nos eufóricos, tal como a serotonina que estimula a
disposição. Este cocktail de felicidade atua como uma droga, no núcleo acumens,
o interruptor nos nossos cérebros que antecipas as recompensas. Sentimos a
ausência do outros como uma ressaca. Quanto ao nosso cérebro o amor é um vicio.
Ingenuamente ignoramos pequenos
detalhes e ações de qual a pessoa que estamos apaixonados tende a fazer, e
somente nos damos conta desses detalhes depois que essas emoções diminuem. É
por isso que muitos tem a impressão de que o amor partiu ou desapareceu, mas na
verdade, após um tempo, é normal nosso cérebro diminuir essas emoções, mas isso
não quer dizer de forma alguma que tu deixou de amar a pessoa com quem está. Se
a cada vez que isso acontecesse, teríamos um número bem maior de divórcios.
Enquanto o nosso córtex cerebral,
o nosso consciente, nada em hormonas de felicidade, o hipotálamo ativa a
produção de cortisol, uma hormona de stress, que estreita nosso campo de visão,
quando estamos em risco ou quando estamos apaixonados.
No inicio de um relacionamentos é
fácil alguém se aproveitar de nós. Não apenas em um relacionamento mas também
em diversas outras áreas onde somos iniciantes, como na religião, na escola, em
faculdades, ou em algo que compramos pela primeira vez. Pela nossa inocência e
de não conhecer o padrão tendemos a não enxergar todo o quebra cabeça.
Falando neuro biologicamente
estamos viciados, cegos e estressados. Tornamo-nos cada vez mais parecidos
graças a hormona sexual masculina, a testosterona. Surpreendentemente, o
hipotálamo e a glândula pituitária reduzem a sua produção em homens
apaixonados, enquanto as mulheres apaixonadas produzem mais. Assim a droga do
amor, surte efeito durante semanas ou até meses. Quase não conseguimos largar a
pessoa pela qual nos apaixonamos.
Está é a fase em que haveria maior
probabilidade de gerar filhos, se os cérebros humanos não tivessem inventado os
contraceptivos, estaríamos perdidos rs.
Após seis a nove meses, o êxtase
começa finalmente a se desvanecer. É bem provável que os indivíduos comecem a
imaginar que não amem mais seus parceiros como antes, e isso é algo natural,
mas se tudo correr bem, já estaremos sob o efeito da oxitocina, uma hormona de
vinculação que a glândula pituitária produz durante o orgasmo. As mulheres
também a produzem quando amamentam. A oxítona não cria stress, mas vinculação,
predispõe-nos para um compromisso a longo prazo, não importa se é com sua
parceira ou com algo que tu acredite, como teísmo, agnosticismo entre diversos
outras crenças das quais nos vinculamos com ela. Em questão dos
relacionamentos, a nossa mente inconsciente quer que cuidemos bem de nossa
prole, embora conscientemente negamos tal pensamento.
Mesmo depois de 20 anos de rotina
de uma relação Helen fisher (doutora que estuda cérebros apaixonados) detecta a
mesma atividade nos centros de recompensa dos cérebros de casais felizes. Por
causa dessa ação desencadeada por nosso cérebro, também demoramos para esquecer
uma pessoa após o termino do relacionamento, pois os efeitos desse coktail de
emoções ainda estão nos oferecendo seu efeito prolongado. Algumas pessoas com o
tempo, se acostumam em passar por essas situações e o efeito é menos prolongado
e dura muito menos. É por isso que algumas pessoas conseguem não se apegar a
outras pessoas com tanta facilidade em relacionamentos, enquanto outras se
apegam rapidamente.
Este efeito e a convivência com
essas emoções, fazem diferença entre se apaixonar loucamente ou se desapegar
com maior facilidade. Por causa disso, mesmo que passe muito tempo após o
termino, ainda é possível sentirmos, mesmo após anos, sentirmos essas emoções
em relação a quem nos apaixonamos.
Mesmo quando estamos discutindo
com a pessoa que amamos, os circuitos inconscientes atuam e permitem os
conflitos se agrave, contra a nossa razão. As vezes até o melhor raciocino não
é tão importante quanto as cadeiras em que estamos sentados.
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