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sábado, 24 de maio de 2014

Porque o Cristianismo Deu Certo?

Porque o Cristianismo Deu Certo?

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O cristianismo deu certo porque foi a mais nefasta de todas as religiões. Ela cortou tudo do ser humano e tornou a humanidade anencéfala por séculos de doutrinação.
O cristão se vangloria por fazer parte de uma religião que existe a mais de dois mil anos. Ora, não há orgulho algum em pertencer a uma religião que promoveu as maiores injustiças e destruição em massa na história da humanidade. Quando olhamos a história do cristianismo, ela esta recheada de teologias plagiadas e toda sua evolução foi marcada por vexames, repúdio, ódio, destruição e massacres em nome de Deus. (A HISTÓRIA OBSCURA DO CRISTIANISMO E SEUS PLÁGIOS TEOLÓGICOS. Parte I e Parte II)
O cristianismo deu certo por diversos motivos e não porque é uma religião antiga. O hinduísmo, o xintoísmo e até o xamanismo são religiões bem mais antigas que o cristianismo e até hoje existem por diversas razões e não porque são velhas ou verdadeiras. Todas essas religiões seguem o mesmo caminho que o cristianismo, a humilhação do homem diante de seus deuses ou a promoção da miséria como ocorre na divisão de castas na Índia.
Voltaire dizia que se não existisse Deus, seria preciso inventá-lo. Pois Deus e o estado trazem o mesmo tipo de dominação e de fato, andam de mãos dadas. O cristianismo surgiu neste contexto e isso até hoje não mudou. O cristianismo emergiu como uma revolução filosófica e política contra o estado dominado pelos judeus e romanos. João Batista, Jesus e seus irmãos foram mortos pelo rei Heródes taxados de revolucionários, bem como eram. Entretanto, o cristianismo emergiu, e mesmo sendo no passado um movimento revolucionário Constantino fez dele a religião oficial de seu império. Alias, em 325 no Concilio de Niceia ele definiu quais evangelhos seriam canônicos, usados até hoje.
Assim o cristianismo andou de mãos dadas com a monarquia e todo tipo de poder durante toda a idade média. Até hoje o cristianismo se associa ao Estado. É assim que ele se promove, basta olhar nos EUA o que o cristianismo puritano inglês fez com a política republicana. O candidato republicano ultra-conservador mórmon é adepto do capitalismo de destruição de Milton Friedman que foi conselheiro do general Pinochet no Golpe de estado no Chile.
Quando os primeiros portugueses pisaram no Brasil rezaram uma missa e começaram a converter a força os índios, barganharam espelinhos, massacraram a cultura, economia e etnia. Até hoje existe uma elite evangélica que gerencia esse país supostamente laico. Basta visualizar a bancada evangélica, os setores cristão ocupando cadeiras no senado (veja a lista completa aqui). A família garotinho enfiou suas crenças criacionistas pessoais goela abaixo dos alunos de escola publica no Rio de Janeiro.

Bancada evangélica de Brasilia.
A Itália é governada por cristãos até hoje, nada mudou em relação ao passado, a situação somente caiu no banal e os massacres causados pela igreja católica como os causados pelos protestantes simplesmente foram esquecidos da mesma forma com que as crianças que nasceram a partir de 2001 jamais enxergarão o onze de setembro como um marco na história. Tudo foi reduzido a mera história do passado, tudo foi esquecido e perdoado.
Basta um papa aparecer na mídia pedindo perdão por quase ter enforcado Galileu e as pessoas santificam umas as outras. O que Voltaire quis dizer é que a religião e o Estado dominam as massas. E o que o russo Bakunin diz em seu livro Deus e o Estado é justamente isso. Se o povo quer ser livre, o primeiro passo é abolir a religião. Algo muito parecido dizia o iluminista Adam Weishaupt.
Liberdade e religião não se combinam pelo simples fato de que enquanto houver alguém superior divino supostamente onisciente julgando sua conduta e ditando as regras, o homem jamais será livre. A abolição consiste no cessar da exploração que poucos tem sobre muitos. Isso não aconteceu até  momento pois uma pequena elite. Enquanto 1%  da população mundial detiver por 40% das riquezas do mundo e a metade mais pobre tem 1% da riqueza jamais poderemos falar sobre abolição. Ainda somos escravos dos sistema (OS TEMPOS MUDARAM E COM ELE MUDARAM AS TÁTICAS DE ESCRAVIDÃO).
O cristianismo deu certo porque ele está sempre aliado ao poder do Estado. Acompanhado da associação ao estado o cristianismo teve sucesso porque passou a suprimir a liberdade de pensamento e a criticidade. Os gregos foram os verdadeiros filósofos, pois tinham sua mente aberta para todos os campos do pensamento. Em especial Aristóteles, que evitava ao máximo intrometer metafísica e conceitos teológicos em suas linhas de pensamento.
O cristianismo suprimiu isso. De fato, o cristianismo se transforma e acoplar tudo dos neoplatônicos, ao mesmo tempo reduz a filosofia a uma simples sugestão de pensamento. Nas palavras de Bakunin, o cristianismo prega que “o todo real é declarado nulo, e o nulo absoluto, o Todo. A sombra se torna o corpo e o corpo se desvanece como uma sombra”.
A falta de interpretatividade e de reflexão que as sociedades modernas desfrutam hoje é resultado de séculos e séculos de supressão filosófica causada pelo cristianismo na Idade média. A idade onde a filosofia era perigosa, onde os pensadores eram subversivos e onde a igreja católica matava em nome de Deus.
Nesse período a igreja católica e o Estado fizeram de tudo sobre o povo miserável. Roubavam os camponeses através de dízimos exploratórios e barganhas religiosas, estipulou que o lucro era um enorme pecado e principalmente, impediu a alfabetização do povo. Povo ignorante é fácil de ser dominado, assim, um povo que não sabia ler a bíblia era um povo facilmente explorado.
No século XVI ocorreu a reforma protestante. Essa revolta que se caracterizou por existir um grupo de religiosos que eram contrários ao poder da igreja católica. Aparentemente seriam revolucionários em busca de um espaço democrático religioso e laico, mas não foi o que aconteceu. Os protestantes eram tão radicais quanto os católicos e fundaram uma vertente cristã que hoje é chamada de evangélicos.
Na época da Pré-Reforma a denominação cristã do século XII ficou conhecida como Valdenses, foi o inicio dessa revolução cristã. A Pré-Reforma foi formada pelos seguidores de Pedro Valdo, um comerciante de Lyon, na França, que se converteu ao Cristianismo por volta de 1174. Ele decidiu encomendar uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres. Ele exigia que o povo tivesse alfabetização e bíblias em suas respectivas línguas.
Eram pessoas que geralmente morriam nas mãos do tribunal do santo oficio. No século XIV o inglês John Wycliffe que foi considerado ao lado de Martinho Lutero o precursor da Reforma Protestante passou a questionar sobre questões controversas que envolviam o Cristianismo. Ele defendia que a Igreja deveria voltar as condições primitivas, como viviam os apóstolos e Jesus. Isso era incompatível com o poder político e do papa nesses dias, já que obtinham todo capital da Europa.
Wycliffe dizia que o poder da Igreja deviria ser limitado às questões espirituais sendo o poder político exercido pelo Estado, representado pelo rei. Em 1535 após a guerra dos camponeses, os anabatistas que faziam parte da ala fundamentalista cristã foram perseguidos e executados em países protestantes como a Holanda, cerca de 30 mil deles foram mortos em dez anos de guerra.
No fundo, as guerras santas travadas entre protestantes e evangélicos ou simplesmente cristãos e muçulmanos ou judeus e muçulmanos refletem a tentativa de lideres e sacerdotes em monopolizar Deus.
Durante anos a igreja deteve o monopólio da verdade sob todos os sentidos. Na escolástica, quando se faziam descobertas científicas perigosas ao poder da igreja, esta barganhava cargos bons e ótimos postos em universidades para que os autores se mantivessem omissos. Todo conhecimento científico ficou retiro ao cristianismo e séculos de estagnação científica se perpetuaram por uma situação de extrema doutrinação e intimidação.
Os últimos 200 anos tem acontecido um fluxo contrário a religião. (veja Ateus e agnósticos compõem 28% dos universitários de Portugal). A filosofia volta agora a caminhar sob suas próprias pernas ainda que vagarosamente e a ciência se desvencilha dos tentáculos religiosos. Isso tem provocado a revolta nos setores protestantes uma vez que o conhecimento produzido não corrobora as vocações religiosas.
A tendência então é que com o passar dos anos as pessoas passem a questionar mais os dogmas religiosos e consequentemente tenham maior independência intelectual e religiosa que os setores. Existe uma tendência que já se concretiza de que os fundamentalistas passem a tentar desmoralizar a ciência e qualquer tipo de pensamento oposto ao dogma. A igreja nos países de primeiro mundo esta sendo desinstitucionalizada.
Para não perder o prestígio e o poder outras ainda buscam unir ciência com religião, criando doutrinações híbridas incompatíveis com a fé cristã que trata a verdade como absoluta com a ciência, que segue hoje metodologias científicas independente as religiosas.
Essa libertação do domínio religioso que a ciência tradicional com sua metodologia da experimentação, empirismo e paradigmática esta vivendo é única na história da humanidade. Isso é um perigo aos domínios religiosos. O inquestionável passa a ser questionado e as verdades aparecem para substituir mitologias de dois mil anos atrás.
 .
Scritto da Rossetti
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Item Reviewed: Porque o Cristianismo Deu Certo? Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli